Lançado no país no fim da década de 1980, modelo conquistou os brasileiros que se identificavam com o tema aventura
Texto: Marcelo Assumpção fotos: Mario Villaescusa



A versão Ténéré foi lançada no Brasil em 1988, já com tanque de 23
litros por causa da instalação do filtro de ar sob o reservatório para
evitar a entrada de água na travessia de áreas alagadas. O formato com
parte central elevada por causa do filtro e laterais que descem
abraçando o motor praticamente dividia o tanque ao meio e exigiu a
instalação de duas torneiras para acesso a todo o volume de gasolina.
O Brasil estava dois anos defasado desde o lançamento do modelo, que
originalmente era de 1986 na Europa e lá mudou novamente em 1988. A
atualização chegou ao país no começo de 1990 com a carenagem frontal
fixa e dois faróis redondos, além do painel maior de dois mostradores
circulares. Os benefícios do novo modelo se estendiam ao tanque maior,
passando a 24 litros, radiador de óleo triplicado para aumentar a
capacidade de refrigeração do motor e relação de transmissão alongada,
melhorando o uso na estrada. A Ténéré brasileira só ficou atrás nos
freios, porque a estrangeira ganhou disco traseiro quando foi atualizada
e a nacional manteve o tambor.
O modelo continuaria em produção até 1993, paralelamente às vendas da
XTZ 750 Super Ténéré importada, até a substituição pela XT 600E, que
resgatava a fórmula de para-lama alto, tanque esguio (14 litros) e farol
que se move com o guidão, sem carenagem. A versão Ténéré da Yamaha XT
só voltaria a existir quase duas décadas depois.