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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

História: Yamaha Ténéré aproximou motociclista do rali Dakar

 

Lançado no país no fim da década de 1980, modelo conquistou os brasileiros que se identificavam com o tema aventura

 

 Texto: Marcelo Assumpção  fotos: Mario Villaescusa


A primeira monocilíndrica de quatro tempos da Yamaha foi apresentada em 1975 como TT 500, ainda sem sistema de iluminação, e foi seguida pela versão de rua XT 500 em 1976. É considerada por muitos a pioneira das big trail e consagrou a marca ao conquistar os dois primeiros lugares no rali Dakar inaugural, de 1979, e as quatro primeiras posições em 1980. A década começava com uma nova fase para a Yamaha, arrebatando uma legião de fãs que praticava esportes off-road ou simplesmente se identificava com o estilo aventureiro e admirava os pilotos que enfrentavam o grandioso deserto africano.

Quando lançou a 600 com um novo pacote de evoluções técnicas, incluindo freio a disco e o motor que atingia 42 cv e passava dos 5 kgf.m de torque, a marca decidiu que era o momento de criar uma segunda versão da XT. A estética remetendo às motos do Dakar e o tanque para impressionantes 30 litros caracterizavam a primeira XT 600Z Ténéré (nome da região Sul do Sahara).

A versão Ténéré foi lançada no Brasil em 1988, já com tanque de 23 litros por causa da instalação do filtro de ar sob o reservatório para evitar a entrada de água na travessia de áreas alagadas. O formato com parte central elevada por causa do filtro e laterais que descem abraçando o motor praticamente dividia o tanque ao meio e exigiu a instalação de duas torneiras para acesso a todo o volume de gasolina.  

O Brasil estava dois anos defasado desde o lançamento do modelo, que originalmente era de 1986 na Europa e lá mudou novamente em 1988. A atualização chegou ao país no começo de 1990 com a carenagem frontal fixa e dois faróis redondos, além do painel maior de dois mostradores circulares. Os benefícios do novo modelo se estendiam ao tanque maior, passando a 24 litros, radiador de óleo triplicado para aumentar a capacidade de refrigeração do motor e relação de transmissão alongada, melhorando o uso na estrada. A Ténéré brasileira só ficou atrás nos freios, porque a estrangeira ganhou disco traseiro quando foi atualizada e a nacional manteve o tambor. 

O modelo continuaria em produção até 1993, paralelamente às vendas da XTZ 750 Super Ténéré importada, até a substituição pela XT 600E, que resgatava a fórmula de para-lama alto, tanque esguio (14 litros) e farol que se move com o guidão, sem carenagem. A versão Ténéré da Yamaha XT só voltaria a existir quase duas décadas depois.

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