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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Superbikes: o que esperar das novas Ninja H2 e Yamaha R1 contra as rivais?



O mundo das superbikes vive dias intensos com as estreias quase simultâneas da Kawasaki Ninja H2, que trouxe um compressor mecânico (supercharger), e da nova geração da Yamaha R1, que chegou com 18 cv extras e 7 kg a menos que a antecessora. Mas enquanto esses novos mísseis não começam a ser vendidos no Brasil, nos resta acompanhar o que estão falando dessas motos lá fora. Pois coube à revista Bike inglesa o prazer de compará-las às já estabelecidas BMW S1000 RR (recém-renovada), Ducati Panigale 1299 S e Honda CBR 1000RR Fireblade. O resultado está a seguir!

A publicação britânica foi bastante criteriosa para o comparativo. Além dos testes tradicionais de aceleração, retomada e frenagem, também fizeram tempo de volta, velocidade máxima no fim da reta do circuito, velocidade na última curva antes da reta, força G máxima de frenagem e ainda mediram o ângulo máximo de inclinação das motos.

Honda Fireblade

Começando pela Fireblade (180,8 cv/11,6 kgfm e 191 kg), os caras da Bike se disseram apaixonados por ela em uma avaliação separada. “Ela é rápida, tem a suspensão perfeitamente balanceada e a qualidade de construção das melhores”. Mas o fato é que a CBR 1000RR é essencialmente a mesma moto desde seu lançamento, em 2008, e de lá para cá o mundo girou. “Depois de andar na H2, a Honda ficou lenta, parece uma bicicleta elétrica”, brincou um dos avaliadores. Com 42,2 graus de ângulo máximo de inclinação e velocidade de 204,5 km/h na reta mais longa do circuito, a Fireblade fechou a volta com 1 min 19,07 segundos.

Ducati 1299 Panigale

Passando para a Panigale com seu motorzão V-Twin de 1280 cc (205 cv/14,7 kgfm e 190,5 kg), a conclusão foi de que ela é uma bela moto de pista, mas muito nervosa para a maioria dos mortais. “A potência é selvagem no limite de giros, o motor é inacreditável”. No entanto, ela tem a suspensão muito rígida para rodar na rua, bem como a entrega de força exageradamente estúpida (basta ver o torque). A Ducati mostrou um ângulo de inclinação absurdo (50,1 graus), mas uma velocidade de “somente” 203,2 km/h no fim da reta, terminando a volta em 1 min 17,11 segundos.

BMW S1000 RR

Com 1 mim 16 segundos cravados, a BMW S1000 RR ficou ainda melhor no modelo 2015 (199 cv/11,5 kgfm e 204 kg). Ainda mais potência e com geometria de chassi refeita (mais flexibilidade para melhorar o handling no limite), a máquina alemã continua um canhão. “O motor é um monstro e a caixa de câmbio é a melhor de todas”, escreveu a publicação. Também elogiaram a suspensão eletrônica, a facilidade nas mudanças de direção e a qualidade percebida da BMW. A RR chegou a impactantes 209,5 km/h de máxima na reta, com ângulo de inclinação de até 48,9 graus.

YZF-R1M 2015

Ainda mais veloz que a rival, a nova R1 (200 cv/11,5 kgfm e 199 kg) foi definida como o “novo benchmark entre as réplicas das motos de corrida”. Foi dela a maior velocidade de reta (211,4 km/h) e a volta mais rápida (1 min 15,99 segundos), ainda que praticamente empatada com a BMW. Em termos de performance de pista, a Yamaha foi considerada a campeã, por combinar rapidez e uma rodagem de classe mundial, sendo acessível para meros mortais terem confiança absoluta na pilotagem e se divertirem à rodo. De acordo com a publicação, a S1000RR ficou perto, mas não é tão rápida nem tão fácil – seja para experts ou iniciantes.

Ninja H2

Por fim, a Ninja H2 (200 cv/13,6 kgfm e 238 kg) foi definida como fora do comum: “Se você quer rodar com algo especial, a H2 é sua moto. É difícil de pilotar, mas a recompensa é imensa”, escreveu a Bike. A nova Kawasaki exigiu umas quatro, cinco voltas para que o piloto começasse a entendê-la melhor. “A conexão com o motor e o supercharger não é fácil, e nem sempre corresponde ao que você espera que vai acontecer. O torque entra tão forte e de repente que quase voei do banco”, surpreendeu-se um dos avaliadores. É tanta força que a H2 faz curvas como uma moto de cross, com a traseira derrapando num drift controlado, com direito a muita fumaça subindo! Não é o ideal para voltas rápidas (ela ficou com 1 min 20,47 segundos) e chegou a 204,5 km/h de máxima na reta (com ângulo de inclinação de 46,3 graus), mas entrega a experiência mais visceral e absurda de todas.

Yamaha R1 e Ninja H2

Então tanto a R1 quanto a H2 parecem ter feito o que se esperava delas: redefiniram o mundo das superbikes. A Yamaha desbancou a S1000 RR como melhor moto para track days, enquanto a Kawasaki se tornou a nova rainha das estradas ao proporcionar uma experiência de condução sem igual. “Se você vai para a pista, compre a R1. Mas se você quer ter uma moto especial, quer adrenalina, quer se sentir vivo de verdade, isso significa que você quer a absurda H2″, concluiu a publicação. Por aqui, estamos contando os dias para poder pilotá-las!


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