Mc carcarás do ingá

Mc carcarás do ingá
itacoatiaras de ingá - PB

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Lendária, Suzuki GSX-R 750 completa 30 anos

453ESPECIAL_GSXR750_1985
A famosa superesportiva surgiu em 1985 trazendo a tecnologia e o desempenho antes restrito às pistas de corrida e aos pilotos profissionais para as mãos de motociclistas comuns

A necessidade é a mãe da inovação, diz uma das variantes do famoso dito popular. Foi a necessidade de criar uma moto de corrida de até 750 cc, com o desempenho de uma 1.000 cc, que fez nascer em 1985 uma das mais revolucionárias superesportivas de todos os tempos: a Suzuki GSX-R 750. “Sabíamos que o nosso desafio de criar uma moto de menor capacidade com mais potência era enorme”, relembra Isamu Okamoto, engenheiro de motores da Suzuki na época.

Elogiada e à venda ainda hoje, a GSX-R 750 marcou época com suas engenhosas soluções técnicas. E é considerada por muitos a primeira motocicleta “Race Replica” moderna, ou seja, uma moto de pista feita para rodar na rua. Ficou conhecida no Brasil pela sigla SRAD, que resumia uma de suas inovações: a injeção direta de ar para o motor presente no modelo desde 1996, quando começou a fazer sucesso também por aqui.

Para atingir o objetivo de projetar uma moto de 750cc com alto desempenho a Suzuki teve de inovar. Criou um quadro berço-duplo perimetral feito em alumínio, o primeiro a equipar uma 750cc, que pesava cerca de 8 kg a menos do que os quadros de aço feitos na época. Optou por um motor de quatro cilindros com refrigeração mista, com o óleo refrigerando as válvulas e cabeçotes, o que o fez ser bem mais leve que os motores com refrigeração líquida.

453ESPECIAL_GSXR750_1985_2Primeira GSX-R 750 pesava apenas 179 kg e seu motor com refrigeração mista produzia 106 cv!

A receita deu certo. A primeira GSX-R 750, que começou a ser comercializada em março de 1985, pesava apenas 179 kg a seco e produzia 106 cavalos de potência máxima!

Mas as inovações não paravam por aí. A alimentação era feita por carburadores guilhotina, a embreagem contava com acionamento hidráulico, tinha câmbio de seis marchas e a pinça de freio na dianteira tinha quatro pistões opostos para frear ambas as rodas de 18 polegadas. Características encontradas apenas em motos de corrida. E foi justamente essa a grande sacada da Suzuki, que era explicitada no slogan: “Race-bred technology and performance at an affordable price”, ou em português, “Tecnologia e desempenho de pista por um preço acessível”.

Vitoriosa nas pistas
 
Mas a GSX-R 750 1985 não era apenas uma superesportiva de rua. Era também uma moto de corrida. Afinal, com mais de 100 cavalos e menos de 180 kg, permitia uma inclinação de 55° nas curvas e conquistou diversas vitórias nas pistas. Ganhou provas no campeonato de superbike nos Estados Unidos e foi campeã na Inglaterra com nove vitórias em 11 provas, já em 1985. A partir daí, tornou-se o desejo de todo piloto ou motociclista fã de velocidade.

Afinal, a GSX-R 750 era uma versão menor e feita para as ruas da GS1000R de pista. Seus carburadores guilhotina proporcionavam uma resposta muito mais rápida do que os carburadores a vácuo, mas eram bruscos para os pilotos. Não havia concessões: a GSX-R 750 poderia ser muito rápida quando guiada por um motociclista habilidoso, mas também podia ser perigosa nas mãos erradas.

Evolução
 
Mas, como toda moto inovadora, a GSX-R 750 se tornou a moto a ser batida pelas rivais. Por isso, precisou evoluir para se manter como referência. Em 1988, sua carenagem foi redesenhada, as suspensões, aprimoradas e ganhou pneus radiais.

453ESPECIAL_GSXR750_1988Em 1988, a GSX-R 750 ganhou novo visual e radiais de série

Para 1992, a grande novidade foi a adoção de um propulsor com refrigeração líquida. Mas foi mesmo em 1996 que o modelo passou por uma completa renovação, ganhando ainda mais tecnologia oriunda da moto de 500cc do Campeonato Mundial, e mantendo os 179 kg a seco.

O ano 2000 marcou a chegada da injeção eletrônica a família GSX-R 750 com a Suzuki Dual Throttle Valve, com corpo de borboleta duplo, sendo um deles controlado eletronicamente. O que por um lado proporcionou uma alimentação mais eficaz e mais potência, mas, de certa forma, ajudou a domar essa nervosa esportiva. Em 2004, outra grande renovação no modelo que passou por um regime para pesar 163 kg a seco, o mesmo que as esportivas de 600cc, porém com muito mais potência. A última grande mudança na linha aconteceu em 2011, com um novo design e melhorias no motor e também na parte ciclística.

453ESPECIAL_GSXR750_1992Em 1992, o tetracilíndrico DOHC ganhou refrigeração líquida

Desde então, a esportiva da Suzuki manteve-se como a única 750cc do mercado e, agora, para 2015, ganhou uma nova roupagem, que presta homenagem ao retorno da Suzuki às provas de Moto GP. Com uma carenagem azul com detalhes em amarelo, a GSX-R 750 2015 produz agora 150 cv de potência máxima e pesa 190 kg em ordem de marcha, ou seja, manteve-se compacta, leve e potente.

453ESPECIAL_GSXR750_1996Modelo 1996 ganhou a indução direta de ar (SRAD) e fez a fama do modelo no Brasil

Se hoje há motos de rua praticamente prontas para as pistas, essa evolução das superesportivas modernas começou com a GSX-R 750 de 1985. Uma verdadeira clássica. (Por Arthur Caldeira)

453ESPECIAL_GSXR750_2000No ano 2000, a GSX-R 750 ganhou injeção eletrônica de combustível

453ESPECIAL_GSXR750_2004Em 2004 passou por um regime e seu peso a seco caiu para 163 kg

453ESPECIAL_GSXR750_2011_2A última grande reformulação aconteceu em 2011 com melhorias no motor e ciclística

453ESPECIAL_GSXR750_2015_2Para 2015 a novidade foi apenas uma pintura que faz referência à volta da Suzuki às pistas de MotoGP

Fonte: infomoto

Nenhum comentário:

Postar um comentário