Mc carcarás do ingá

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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Customização: Honda CB 750 café racer

A clássica 7 Galo ganha preparação de época e pintura inspirada na guitarra Fender do dono

 Décadas depois das clássicas inglesas, precursoras das transformações ao estilo café racer na década de 1960, o retorno desse estilo encontrou farto apoio nas antigas Honda CB. A popularidade das japonesas e relativa facilidade com que são encontradas, mesmo combalidas à espera de um renascimento, é o ponto de partida perfeito para quem busca uma clássica personalizada. Esse contexto fez da icônica Honda CB 750 uma das preferidas para as transformações, trabalho a que o restaurador José Peloso Filho, o Zezé da Recar, vem se dedicando nos últimos anos. “Comprei essa moto e comecei a modificar para mim, do jeito que eu gosto”, conta. “No fim da montagem apareceu um cliente querendo comprar e me perguntou se faríamos uma pintura degradê inspirada em guitarras Fender das quais é fã.” A CB 1974 foi vendida e agora roda com uma estética muito particular, que mostramos em detalhes aqui. 
 
Ciclística

O garfo dianteiro de suspensão foi mantido original, mas a traseira ganhou amortecedores Marzocchi com reservatório de gás e molas revestidas de couro caramelo como o do banco; um amortecedor de direção completa o pacote de estabilidade. Novos aros de alumínio pretos reforçam a estética esportiva e foram calçados em pneus vintage. Os freios são originais, com um disco dianteiro e tambor na traseira: além da revisão ganharam flexível revestido por malha de aço (com capa preta para não destoar) e acabamento polido no componente de trás.

Motor

Os 4 cilindros voltaram a roncar depois de uma retífica completa, receberam pintura preta e tampas Japauto com aletas (acessório de época). Ar é aspirado diretamente por cornetas instaladas nos carburadores, protegidos por delicadas telas metálicas, para depois ter os gases expelidos por um escapamento 4x1 curto, sem abafador. O reservatório de óleo foi deslocado da tampa lateral direita para debaixo do banco, com bocal alocado na parte da frente do assento, incrementando o visual e facilitando o acesso no abastecimento.

Estilo

O tanque de combustível é o primeiro ponto de atração da CB, com pintura cobre emoldurada pelo degradê em preto. A cor principal influenciou a escolha pelo couro caramelo do banco e parte central do tanque, ambos com costuras formando losangos (matelassê). Do lado esquerdo foi instalado um visor que revela a gasolina do reservatório e na parte superior uma tampa estilo Monza, apenas com trava, dá acesso direto ao bocal. Os guidões Tomazelli, fixados diretamente nos tubos da suspensão, receberam alavancas reguláveis, manoplas marrons e retrovisor apenas do lado esquerdo. Um grande painel circular domina a visão do piloto e remete às raras inglesas Vincent HRD 1000 do fim dos anos 1940, moto mais rápida de sua época. Outra homenagem à tradição motociclística inglesa é a placa redonda para licença instalada na bengala dianteira. A rabeta plana arremata a moto acompanhando a linha do banco e embutindo uma variação mais arredondada da lanterna original. 


 

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