Baseada na H2R de pista, modelo possui motor de 998 cc com compressor. Moto tem pintura que utiliza prata e apêndices que lembram "asas".
A Kawasaki lançou nesta segunda-feira (30) a inédita Ninja H2 no
Brasil, moto esportiva que foi revelada no Salão de Milão 2014. O
modelo possui o mesmo motor de 4 cilindros e 998 cc com compressor da Ninja H2R, versão para as pistas,
mas, para poder rodar nas ruas, baixou de 310 cavalos para 210 cavalos
de potência. A moto chega em julho, importada, por R$ 120 mil. De acordo
com a marca, serão trazidas 28 unidades para o país.
Com desenho futurista, a H2 possui pintura com prata de efeito
refletivo e apêndices nas carenagens, que lembram pequenas "asas".
Utilizando uma reação química, a prata é utilizada no material que
cobre a superfície da motocicleta, criando uma espécie de espelho.
Motor com compressor
De acordo com a empresa, o motor funciona em conjunto com câmbio de 6
marchas e possui a ajuda de um "quick-shifter" para a troca de marchas
sem o uso de embreagem.
O peso em ordem de marcha da moto é de 238 kg e seu tanque pode levar até 17 litros de combustível.
Apesar de ser uma moto moderna, a inspiração para a H2 foi buscada no
passado da Kawasaki. O modelo com motor 2 tempos e 748,2 cc, a Mach IV
750, que também carregava o nome H2. Devido à extrema aceleração que a
moto oferecia, a fabricante resolveu utilizar este nome novamente.
Outro sinal de nostalgia da moto está no símbolo utilizado em sua
dianteira: a "River Mark", um emblema da Kawasaki que data de 1870. Este
logotipo foi utilizado pelo fundador da empresa, Shozo Kawasaki, em
seus primeiros navios.
Controles eletrônicos
Mesmo que a H2 fique distante dos mais de 300 cavalos da H2R, ainda
existe muita força para ser controlada. Segundo a fabricante, o
compressor de ar ajuda a proporcionar grande torque para a moto.
Para controlar isso, a moto possui diversos adventos eletrônicos, como
controle de tração, freios ABS e controle de freio motor. Pela primeira
vez, uma moto da marca possui uma balança do tipo monobraço.
A naked topo de linha da família Monster vai desembarcar no país em duas versões.
A Ducati confirmou nesta segunda-feira (30) o lançamento da Monster 1200 no mercado brasileiro. A naked será importada da Itália e estará nas lojas da marca em abril custando R$ 64.900 e R$ 73.900 (versão 1200 S).
Equipada com motor bicilíndrico em L, a naked pode desenvolver 135 cv
de potência e torque de 12 kgf.m – 145 cv e 12,7 kgf.m no modelo mais
requintado. Ambas contam com ajuste de altura do assento, bem como oito
níveis de controle de tração, ABS regulável três níveis e três modos de
pilotagem: urbano, rodoviário e esportivo.
A Monster 1200 será vendida apenas na cor vermelha. A 1200 S terá, além
do característico vermelho, a opção branca. A Ducati promete também uma
ampla gama de acessórios para personalização.
“A Yamaha está desafiando o futuro”. Foi
com essa enfática frase que Hiroyuki Yanagi, presidente e CEO Global da
Yamaha, apresentou a nova geração da superesportiva YZF-R1 durante o
Salão de Motos de Milão 2014. E a empolgação não era para menos. Em seus
17 anos de existência, a R1 mudou algumas vezes, é verdade, mas nada
tão radical como nesta R1 2015. O modelo, que chega agora aos mercados
europeu e norte-americano, totalmente renovado por fora e moderna como
nunca por dentro, para mostrar que, cada vez mais potência, tecnologia e
estilo andam de mãos dadas.
No design, a YZF-R1 abandonou pela
primeira vez o visual criado há quase duas décadas, caracterizado pelo
grande conjunto óptico duplo. Tantas mudanças no aspecto da moto são
explicadas pela orientação do projeto. De acordo com a Yamaha, ao
desenvolver a nova R1, a equipe foi encorajada a criar uma
superesportiva do zero, não apenas planejar mudanças para atualizar a
moto que já existia. E foi o que aconteceu.
As linhas agora são herdadas diretamente
da YZR-M1, protótipo que compete na MotoGP, e deixaram a superbike com
aspecto futurista. Proposta reforçada tanto pelos cortes laterais da
carenagem, quanto nos discretos faróis de LED que fazem a iluminação
diurna e ficam encrustados na dianteira. A iluminação principal agora é
feita por dois canhões de luz acima da roda dianteira.
A rabeta recebeu linhas mais leves,
compostas por dois painéis vazados, que convergem em uma estrutura
central. Esta, abriga a lanterna, uma faixa vertical em LED. O design do
subquadro ficou mais aerodinâmico agora que ele não carrega mais os
dois escapamentos. Da mesma forma que acontecia em sua primeira geração,
R1 volta a ter seus quatros cilindros convergindo em um cano do lado
direito. O escape tem design poligonal e está posicionado bem rente à
moto, para não atrapalhar a inclinação nas curvas.
Novo motor crossplane
A YZF-R1 não mudou apenas por fora. A Yamaha desenvolveu um novo motor
mais compacto e que fosse capaz de oferecer mais potência e menos peso.
Desta forma, o novo quatro cilindros em linha de refrigeração líquida e
998 cm³ de capacidade é mais compacto e composto por diversas peças
feitas em carbono e titânio. Um novo virabrequim crossplane também foi
incorporado. O eixo continua acionando os pistões com intervalos de 90º e
agora oferece torque de forma mais linear para que o piloto aproveite
mais o desempenho que a superbike oferece.
Outras alterações foram feitas para
otimizar a mistura do ar com o combustível, criando uma taxa de
compressão de 13:0:1. O resultado são 200 cv de potência máxima a 13.500
rpm e atingidos sem o auxílio de nenhum sistema de indução de ar
pressurizado (RAM-Air), o que é frisado pela Yamaha. Já o torque é de
11,5 kgf.m a 11.500 giros.
A moto ainda traz tanque com capacidade
para 17 litros e câmbio de seis velocidades com embreagem deslizante. O
conjunto é assistido eletronicamente pelo sistema quickshift. (QSS). A
ajuda consiste em um sensor posicionado na alavanca de câmbio, que
percebe quando o piloto está subindo as marchas e manda a informação
para a ECU. Esta, por sua vez, corta a tração na velocidade engrenada
para uma mudança mais suave.
Peso e potência equilibrados
Uma das principais características da R1 é sua boa relação entre peso e
potência, traço melhorado na nova geração, que tem peso de 199 kg em
ordem de marcha. Segundo a marca dos três diapasões, isso foi conseguido
ao redesenhar o quadro Deltabox de alumínio de forma assimétrica e
reempregando um o novo subquadro feito em magnésio.
No quesito suspensão, tanto o garfo
dianteiro invertido quanto a balança monoamortecida com link têm curso
de 120 mm. Para segurar seus 200 cv, a moto conta com dois discos
dianteiros de 320 mm de diâmetro e um de 220 na traseira. Aqui, a
novidade é o auxílio do ABS com sistema de frenagem unificado, que
distribui eletronicamente a força nas duas rodas.
A nova YZF-R1 também está mais curta e
estreita. O comprimento passou de 2.070 mm para 2.055 mm, enquanto a
largura foi reduzida de 715 mm para 690 mm. Embora seja pouco em
números, as alterações são enfatizadas pelo design compacto da moto. A
altura do assento, no entanto, aumentou 20 mm e o piloto agora fica
acomodado a 855 mm do solo.
Superbike inteligente
O cardápio eletrônico incorporado na R1 é um dos mais completos da
atualidade, se não for o maior deles. A moto está equipada com quatro
modos de entrega de potência, controle de tração (TCS) ajustável em nove
níveis, controle de wheeling (LIF), regulável em três; e de largada
(LCS), que reduz o giro do motor abaixo dos 10.000 rpm na hora de sair
com a moto, mesmo o piloto girando ao máximo o acelerador. Além dos
freios ABS unificados e do câmbio eletronicamente assistido (QSS). Há
também os quatro modos de pilotagem (YRC), que colocam todos os
controles em parâmetros pré-estabelecidos para facilitar a vida do
piloto.
Para controlar tudo isso, a Unidade
Central Eletrônica (ECU) deixa de estar focada em tarefas “simples” como
controlar o funcionamento da injeção de combustível e da abertura das
válvulas, por exemplo, para agir como um verdadeiro cérebro eletrônico
da moto. A ECU agora toma decisões com base nos dados enviados por outra
sigla: IMU, Unidade de Medição Eletrônica, em inglês. Com poder de
processamento de 32 bits (o mesmo de um videogame PlayStation 1, para se
ter uma ideia), o equipamento monitora constantemente a posição e o
comportamento da moto. Assim os sistemas eletrônicos podem ser ajustados
para otimizar o desempenho, mas sem esquecer da segurança do piloto.
De acordo com a Yamaha, a IMU fornece um
panorama da moto em 3D, uma vez que as leituras são feitas em seis
eixos, que correspondem às posições que ela pode estar: inclinada para
direita, para esquerda, para cima (wheeling), para baixo (fim de curso
do garfo em uma frenagem), além da aceleração e redução da velocidade.
Tudo isso significa que, cada vez que o piloto escolhe uma configuração,
por meios dos manetes e do novo painel totalmente digital, a moto
levará em conta as medições da IMU para executá-la da melhor forma. O
controle de tração, por exemplo, não irá apenas se ater à perda de
aderência da roda traseira para atuar, mas irá também agir com base no
ângulo de inclinação da moto. E assim por diante.
Disponível na Europa e nos Estados
Unidos, nas cores azul e vermelha, a moto parte de US$ 16.490 no mercado
norte-americano, o que corresponde a cerca de R$ 53.000. No Brasil,
entretanto, onde ainda não há uma previsão para que ela chegue, o preço
deverá ser bem maior, uma vez que a atual geração da superbike – sem
toda essa eletrônica – já é vendida por R$ 65.500.
Mais eletrônica, mais exclusiva e mais um “M”
Para
mostrar o quanto a nova geração da R1 é importante para a Yamaha, a
marca dos três diapasões não deixou por menos e lançou também uma edição
limitada da superesportiva. Batizada de R1M, em clara referência ao
modelo da MotoGP, a superbike vem na cor prateada e traz itens focados
no desempenho nas pista, como diversas peças em fibra de carbono.
A moto também traz mais tecnologia ao já
extenso pacote. Além do conjunto de suspensões Öhlins, que pode ser
ajustado eletronicamente, a moto ainda traz a Unidade de Comunicação e
Controle (CCU) instalada na rabeta. O sistema atua em conjunto com um
GPS e se comunica com um aplicativo para Android. O “app” armazena dados
da pilotagem, como tempo de volta e ângulo de inclinação e ainda
permite que o piloto faça alterações nos controles eletrônicos da moto à
distância. Tudo isso, claro, tem um custo, que no caso da YZF-R1M é de
US$ 21.990, o que corresponde a mais de R$ 70.000.
- Confira o vídeo de apresentação da Yamaha YZF-R1
Modelo com vocação rodoviária chega às concessionárias da marca este mês a partir de R$ 53.900
A BMW anunciou a ampliação da sua família de scooter no Brasil. Depois
do C 600 Sport, comercializado desde o ano passado, a marca começa a
vender agora em março o C 650 GT, modelo com vocação rodoviária. Nas
cores preta e marrom, o scooter sairá por R$ 53.900, enquanto a edição
especial com outra tonalidade de preto e bagageiro, será negociada por
R$ 54.500.
O motor é exatamente o mesmo do Sport, um bicilíndrico de 647cc capaz
de gerar 60 cv de potência a 7.500 rpm e torque de 6,7 kgf.m a 6.000
rpm. A velocidade máxima indicada é de 200 km/h. As rodas têm aro de 15
polegadas e sistema de freio a disco na dianteira e traseira. O ABS é de
série. De acordo com a marca, a versão GT oferece mais proteção
aerodinâmica em relação ao modelo urbano. Banco com encosto para a
lombar é mais um diferencial.
Vale destacar também a manopla aquecida, a luz diurna e indicadores de
direção em LED e sistema de controle de pressão dos pneus, tudo como
item de série.
Oportunidade perfeita para clientes e apaixonados conhecerem de perto o
espírito de liberdade, amizade e atitude, características da
Harley-Davidson. Esta é a proposta do Open House Brasil,
que acontece em todas as 19 concessionárias da Harley-Davidson
distribuídas pelo território nacional, no período de 26 a 31 de março.
Harley-Davidson realiza Open House em todas as concessionárias, de 26 a 31 de março
Consagrado mundialmente, é a primeira vez que a marca realiza o
evento no País. Durante o período, os 20 modelos vendidos no mercado
nacional terão condições especiais e taxas de juros reduzidas,
dependendo do modelo.
Durante o período, diversas atrações estão programadas para animar o
público. Entre elas, destacam-se os tradicionais cafés da manhã, shows
com bandas regionais, entre outros.
“Queremos, literalmente, abrir as portas da empresa, para que todos possam desfrutar do nosso estilo de vida”, diz Flávio Villaça,
gerente de Marketing, Produto e Relações Públicas da Harley-Davidson do
Brasil. E o Open House não para por aí. Os lançamentos da linha 2015,
Low Rider®, Street Bob® e Breakout®, terão prioridade para test-rides, e
estarão disponíveis em todas as revendas.
“Trazer o Open House para o Brasil é uma conquista muito
importante para nós. Este é um evento consagrado e democrático, que
atende os consumidores tradicionais e também novos clientes. Serão seis
dias de muita festa e celebração”, completa Villaça.
O modelo custom de média cilindrada deve chegar aqui até o meio do ano
Menos de um ano após seu lançamento,
fontes ligadas à subsidiária local da Kawasaki confirmam que a Vulcan S
está chegando ao Brasil. Embora o preço ainda não tenha sido revelado à
reportagem da INFOMOTO, a custom está marcada para vir ao País até o
meio do ano. Projetado para atrair um público mais jovem, o modelo de
média cilindrada partilha diversos elementos com a naked ER-6n e com a
sport-touring Ninja 650, como o motor de dois cilindros paralelos de 649
cm³. Na Vulcan S, o propulsor é capaz de gerar até 61 cv de potência
máxima a 7.500 rpm, enquanto o torque máximo é de 6,4 kgf.m disponíveis
nos 6.600 giros. O câmbio é de seis velocidades.
O escape
centralizado abaixo do quadro com ponteira do lado direito é outro ponto
em comum com as outras 650 cc da marca japonesa. Assim como o painel,
que traz o mostrador digital abaixo do conta-giros em forma de arco. A
modernidade dos traços também está no farol, com forma semelhante a de
uma gota. Já o tanque, tem desenho alongado e capacidade para 14 litros.
Acessível, a custom foi feita para atrair mulheres e pilotos novatos
Para
atrair as mulheres e os pilotos novatos, a Kawasaki fez a Vulcan S
baixa. Com assento a 705 mm do chão, a ideia é oferecer uma ergonomia
que inspire confiança a quem ainda não tem tanta intimidade com o
segmento. Sendo assim, a moto traz pedaleiras que podem ser reguladas em
três posições para facilitar a vida dos condutores que ainda não se
sentem à vontade em guiar com as pernas esticadas e os pés lá na frente.
Outro ponto no qual a custom japonesa se mostra acessível é o preço.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a moto custa 6.999 dólares em sua
versão standard e 7.399 dólares equipada com freios ABS. Os valores
equivalem a cerca de R$ 22.400 e R$ 23.700. (Equipe INFOMOTO)
O preço da Vulcan S no Brasil ainda não foi confirmado pela Kawasaki
Modelo foi atualizado recentemente na Europa; previsão é de chegada às lojas no mês de maio
A Kawasaki confirmou o lançamento de um novo produto para o mercado
brasileiro. Depois de anunciar a chegada da Ninja H2, o site da marca
revelou que a nova Versys 1000 também será oferecida no país já como
linha 2016. Ainda não há detalhes, mas a novidade é esperada para o
início de maio, custando cerca de R$ 54 mil – a versão atual sai por R$
49.990.
Apresentado em outubro do ano passado na última edição do Intermot, na
Alemanha, o modelo recebeu retoques no visual e algumas mudanças
estruturais, como no chassi e no motor, mas nada tão impactante. O
propulsor de 4 cilindros e 1.043cc foi apenas aperfeiçoados, sem grandes
alterações. São 120 cv de potência a 9.000 rpm e torque de 10,4 kgf.m a
7.500 rpm.
O modelo vem equipado com controle de tração em três níveis e sistema
ABS de série. Do ponto de vista estético, vale mencionar a nova frente,
agora mais parecida com a família Ninja, com toque de maior
esportividade. As cores disponíveis são laranja e preto.
03Gen-X pode rodar na terra e possui influência do estilo Scrambler. Modelos são destaques da empresa no Salão de Bangcok, na Tailândia.
Yamaha 03Gen-X (Foto: Divulgação)
Mostrando que segue investindo na ideia dos veículos de 3 rodas, a
Yamaha revelou nesta quarta-feira (25) dois novos conceitos baseados em seu scooter Tricity. As novidades são destaques no Salão de Bangkoc, na Tailânida, e mostram leituras esportiva e off-road para o modelo.
Com visual futurista, a 03Gen-F foi concebido com base no tema
"competição do futuro", apresentando linhas bem marcadas, com spoilers e
carenagens laterais. Já o outro conceito, batizado de 03Gen-X, mostra
características de uma Scrambler, com visual retrô, rodas raidas e pneus
para rodar na terra.
Grupo de cinco motociclistas, liderados pelo brasileiro Marcelo
Leite, percorre o Amazonas para vivenciar a realidade de índios e
ribeirinhos
Fotos: Miguel Leite
Quando se fala em Amazônia é natural passar pela nossa cabeça vegetação
densa e fechada, animais selvagens e índios quase sempre nus.
Convenhamos, difícil é fugir desse estereótipo, não importa se o
indivíduo é um estrangeiro que pouco sabe sobre o Brasil ou até mesmo um
nativo. Fato é que a Amazônia envolve a palavra mistério, que por sua
vez instiga a descoberta.
Baseado nessa constatação, o expedicionário Marcelo Leite, junto de
mais quatro amigos estrangeiros, planejou uma viagem cuja principal
referência seria o rio Amazonas, o qual nasce de um filete de água
congelada em montanhas no Peru e vai ganhando forma e força em
território brasileiro até desaguar no oceano Atlântico. “A ideia era ter
como linha mestra o rio, contar a história das comunidades na bacia do
Amazonas no sentido mais amplo possível”, explica Leite. Nasceu assim a
expedição Raízes do Rio Amazonas.
A partida foi da pequena Curuça, no Pará, próxima da foz do Amazonas,
de onde cruzariam toda a região por 9.500 km até a nascante no Peru. A
água foi um grande obstáculo para chegar a determinadas comunidades,
então precisaram atravessar trechos em barcos e pequenas canoas que até o
fim do roteiro totalizariam 1.000 km. “Só nos restava confiar nos
transportadores locais e exercitar a fé”, brinca Leite.
O contato com os locais era um dos pontos altos da viagem. Quando os
motociclistas chegavam a uma cidade, eram atração. Surgiam muitas
perguntas, curiosidade, sempre com um clima amistoso, a ponto dos
moradores oferecerem alimento e hospedagem. “Nas comunidades à beira do
rio muita gente anda de moto, jovens, adultos e até senhoras. Por isso,
não era raro encontrar em quitandas, junto a tomates e cebolas, pneus e
kit relação. Asfalto também não falta. Os políticos entenderam que isso
faz toda a diferença na vida da população”, revela.
O contato com tribos indígenas, diz Marcelo Leite, foi muito positivo.
“Somos gratos a eles por nos mostrarem seu mundo e se desdobrarem para
nos receber bem.” Como retribuição, os expedicionários se comprometeram a
conectá-los a outros povos que também têm como parte de vida cotidiana o
rio Amazonas. Nos encontros, gravavam depoimentos de índios contando
sobre sua vida e depois perguntando algo a outros grupos que não
conheciam. As gravações nas diferentes tribos resultaram em um DVD, que
agora está em processo de legendagem e será entregue a todas as tribos
visitadas.
Os dois meses de viagem e 9.500 km percorridos proporcionaram muitas
descobertas e aprendizado aos aventureiros. “O elo comum a povos tão
diferentes que encontramos na expedição é o rio, que é essencialmente o
ar e o relógio deles. Do rio tiram o alimento, movimentam a economia, é o
meio de transporte e a diversão. Aprendemos a enxergar o rio Amazonas
como um elemento vivo.”
Um detalhe chamou a atenção do grupo nessa expedição, um sentimento já
visto em outras partes do mundo e que se confirmou agora. “O objetivo
maior de pessoas que vivem em comunidades simples é ter uma família e
poder encaminhar os filhos na vida dando educação. Às vezes nos
esquecemos disso, por isso é um tapa na cara, um amadurecimento. Pode
parecer uma ambição pequena, mas para mim é gigantesco”, conclui.
Consumidor olha loja de motos usadas e peças no centro de São Paulo (SP)
Atualmente, para cada motocicleta nova emplacada no Brasil, outras duas
usadas são negociadas. Os dados são da Fenabrave (associação dos
concessionários): no primeiro bimestre de 2015, enquanto o país emplacou
202.435 motos zero quilômetro, outras 408.650 unidades que já estavam
em circulação trocaram de dono.
A proporção já havia sido
observada no ano passado, quando as lojas independentes negociaram
2.805.976 motocicletas, contra 1.429.902 comercializadas por
concessionárias de novas.
Para Alarico Assumpção Jr.,
presidente Fenabrave, o fenômeno se justifica pela maior flexibilidade
nas negociações entre consumidor e lojista. "Como a relação
interpessoal é mais próxima, especialmente em estabelecimentos menores,
há certa flexibilização no acordo, como entrada parcelada, por exemplo",
explicou.
Isso explica por que, apesar do ano difícil, com
previsão de vendas um pouco abaixo de 2014, o mercado de usadas segue em
bom ritmo, com crescimento de quase 10% de 2013 para o ano passado.
Outro ponto, segundo o executivo, é que os consumidores estão usando
mais recursos da carta de crédito dos consórcios para adquirir motos
seminovas. "Em vez de uma moto nova, algumas pessoas preferem comprar
uma usada e usar o dinheiro que economizaram para pagar dívidas",
observou.
Setor de motopeças agradece
Quem está satisfeito com esse
crescimento são os fabricantes de motopeças, já que muitos compradores
de motos usadas investem em revisões para deixar sua companheira em
perfeitas condições de uso.
Apu Gomes/Folhapress
Procura
por revisão de motos usadas à venda e a tão criticada alta do dólar
estão ajudando setor de motopeças a encarar desaceleração da economia
"Apesar de todas as dificuldades e incertezas do cenário
político-econômico, o setor tem se demonstrado firme, com previsão de
crescimento na ordem de 10% para este ano", previu Orlando Leone,
presidente da Anfamoto (associação dos fabricantes de motopeças).
Ainda segundo Leone, a alta do dólar, tão criticada pelos brasileiros,
pode ser outro fator favorável para encarar o momento de crise. "A alta
da moeda americana prejudica o comércio de peças importadas aqui, mas
favorece a venda dos nossos produtos lá fora. É possível que ela amenize
um pouco os efeitos desfavoráveis da economia", concluiu.
A fabricante japonesa Kawasaki pode
lançar outros dois scooters em um futuro próximo. De acordo com
informações da imprensa internacional, a casa de Akashi registrou na
Europa os nomes J125 e J500 como reserva para futuros produtos da marca.
Os modelos poderiam compor uma nova linha com o J300 (foto), primeiro
scooter da marca lançado em 2013.
Nos últimos tempos, a Kawasaki tem
apresentado novidades tanto nos segmentos de alta quanto de baixa
cilindrada, como mostram a superesportiva Ninja H2 e a naked Z300, o que
justificaria até o lançamento simultâneo de um scooter de grande porte
(500 cc) e outro menor (125 cc). Outro argumento é a existência de
produtos com esse perfil, como o Xciting Ri 500 e o Downtown 125 no
line-up da Kymco, que é a marca responsável pela base mecânica do J300.
Uma réplica do modelo utilizado no filme de 2010 será vendida em maio, nos Estados Unidos
O modelo, que
é elétrico, será leiloado no estado norte-americano do Texas pela RM
Auctions. Ao lado da moto, passará também pelo martelo alguns exemplares
de uma coleção com mais de 70 carros, pertencente aos entusiastas Paul e
Chris Anderson. No acervo, estão inclusos modelos clássicos e raros
como um Shelby Cobra 1962 e um Packard Eight de 1938.
Os organizadores do leilão esperam vender a Lightcycle
por algo entre 25.000 e 40.000 dólares, o que corresponde a cerca de R$
80.000 e R$ 125.000. “A moto é totalmente funcional e pode ser
pilotada, uma vez que conta com motor elétrico. O motor é alimentado por
baterias de íon-lítio e ainda conta com um transmissão eletrônica'',
afirma o site da RM Auctions. Alguém se habilita? (por Carlos Bazela)
Deixe de ser preguiçoso e lave você mesmo a moto: é melhor e mais econômico
Ê,
domingão de sol, perfeito pra um rolê de motoca e… ela está toda suja.
Muitos motociclistas nunca tiveram a curiosidade de lavar sua moto,
simplesmente levam a uma oficina, ou lava-rápido e ficam felizes da
vida. Cuidado! Existe uma mania nacional de lavar moto com água
pressurizada, pulverização de querosene ou água quente. Esqueça tudo
isso, arregace as mangas e vamos ao trabalho.
Primeiro de tudo, saiba que moto não é carro, por isso o que serve
nos carros não funciona para as motos. Aquele festival de jato de água
não faz mal ao carro porque ele tem carroceria cobrindo o motor, freios,
cabos etc. Na moto, mesmo feita para suportar as intempéries, devemos
proteger suas partes, digamos, íntimas. Todo mundo já viu o festival de
cabos e fios que passam de um lado para outro. Quando a moto recebe um
jato de água pressurizado, a umidade penetra nos chicotes elétricos e
pode provocar o maior curto circuito. Por tudo isso, sei que vou
entristecer muita gente, mas motos, a exemplo dos adolescentes, NÃO
gostam de tomar banho!
Da mesma forma, muitos componentes móveis da moto são protegidos por
anéis de borracha (os chamados o-rings), que estão na corrente e juntas
como balança, pedal de câmbio e outros. Ao mandar um jato de querosene
por cima de tudo, (ou qualquer outro solvente), estas borrachas sofrem
um ressecamento e irão rachar, perdendo a capacidade de vedar a entrada
de sujeira ou permitindo o vazamento de óleo. A água quente elimina a
lubrificação de muitas peças móveis, sobretudo rolamentos e a corrente.
Aliás, esta é a maior vítima do excesso de lavagem.
O pior de tudo, mas pior mesmo, que dá vontade de matar o desgraçado
que lavou a moto, é o maldito querosene no disco de freio. O querosene é
um solvente que leva óleo na sua composição. Caso alguém ainda não
saiba, o óleo é um excelente redutor de atrito e os freios vivem de
atrito. Eles são que nem sogras: adoram atrito! Se a gente melecar o
disco de freio com querosene, na primeira frenagem a meleca vai
impregnar as pastilhas e você terá nas mãos uma moto sem capacidade de
frear nem pensamento. Sabe o que vai acontecer? Você terá de desmontar a
roda, retirar as pastilhas e lixá-las até sair todo o querosene. Ou
então ficar uma semana rezando para ninguém entrar na sua frente. Sei
que muito féladamãe pulveriza querosene com aqueles compressores
amarelinhos que não vou citar a marca. Fuja destes caras, porque eles
devem ter convênio com o ortopedista da cidade.
Bão, procure um local abrigado do sol e prepare seu
kit-banho-na-motoca, composto de: óculos de proteção (sim, você não quer
ser um motociclista zarolho), luvas cirúrgicas (não tem coisa que
detona mais a mão do que lavar motos), pincel macio, uma vasilha, a lata
de querosene (êpa, como assim? Sim, você pode usar querosene em ALGUMAS
partes da moto) ou os produtinhos desengraxantes novos que lançaram no
mercado e que não vou dizer a marca, um balde, panos, esponja e a
mangueira.
Aquele papo de que jogar água fria no motor quente trinca o bloco é
balela, senão todas as motos de enduro e rally teriam partido ao meio
cada vez que o piloto atravessasse um rio. Mas espere o motor esfriar
antes de jogar água só para não ficar aquele vapor fedorento na sua
cara.
Comece pincelando querosene nas partes onde normalmente grudam as
sujeiras mais renitentes, como a parte debaixo do motor, nas áreas onde
respingam óleo de corrente (sem molhar a corrente com querosene), por
baixo dos pára-lamas (que ficam respingados de asfalto derretido),
cárter, balança traseira, bengalas, roda traseira (sem atingir o disco
ou cubo de freio), raios e bloco do motor. Logo depois jogue água com a
mangueira, sem pressão, só para retirar o querosene.
Derreta um pouco de sabão de côco no balde com água até fazer espuma.
Megulhe a esponja (não use aquela de dupla face porque risca os
cromados) na água e ensaboa a bichinha toda (a moto, a moto!!!), até ela
ficar toda coberta de espuma. Comece sempre de cima para baixo, da
parte mais limpa para a parte mais suja. Enxágüe com cuidado, sem
pressão, até sair todo sabão. Nas motos com escapamento saindo por cima,
tome o cuidado de cobrir a saída para evitar a entrada de água. O banco
pode ser esfregado com uma escova de cerdas macias, principalmente se
for colorido (azul, amarelo, vermelho). Tire todo o sabão.
Antes de enxugar com um pano macio (as fraldas de pano, ou camisetas
velhas são excelentes), balance bastante a moto pra frente e pra trás
para tirar o excesso de água que fica acumulado em pequenas “conchas”.
Destampe o escapamento e ligue o motor só por uns 30 segundos para tirar a
umidade. Enxugue principalmente as partes cromadas para evitar a
formação de ferrugem. Comece de cima para baixo e depois de tudo
sequinho, volte a ligar o motor por uns 2 minutos só pra secar tudo
direitinho.
Depois vem as frescuras básicas: polimento e cera, mas só a cada dois
meses, para não “gastar” as partes pintadas e cromadas. Nas peças
cromadas use limpa prata, com cuidado de usar esponja para espalhar a
cera e estopa ou algodão para tirar o excesso e dar brilho. Nas peças de
plástico, use cera à base de silicone para não ressecar. No tanque
pode-se usar cera automotiva. Mas um aviso: eu não recomendo o polimento
do tanque (nem encerar o banco) porque fica tudo mais escorregadio do
que uma tilápia ensaboada. Com a moto toda lisinha, se tiver de frear
forte, você não terá como se segurar e corre sério risco de bater com os
miúdos no tanque e fazer ovos estalados. Nas motos esportivas é pior
ainda, porque nas frenagens o peso do corpo é transferido para as pernas
vira a maior escorregação em cima da moto.
Mais dicas: * Nunca, jamais, never, passe produtos químicos nos
pneus, o famoso “pneu pretinho”, porque pneu já é preto e a química
resseca a borracha. * Não lave a moto em cima de plantas, tadinhas, elas
morrem de asfixia com o querosene. * Após a lavagem (ou lavação),
lubrifique a corrente com graxa branca e também lubrifique o cabo de
embreagem com óleo fino. * Cuidado nas primeiras frenagens porque o
sistema de freios estará molhado e frio. * Lave a moto em intervalos
maiores de 15 dias, melhor ainda a cada 30 dias. * Aproveite a lavagem
para verificar o desgaste de peças, checagem das lâmpadas e regulagens
diversas. * Os mais frescos podem retirar o tanque e banco, mas não
jogue água nestas partes, limpe apenas com pano úmido.