Esportiva Yamaha R3 tem vendas confirmadas a partir de novembro e Duke chegará às lojas nos próximos dias; veja o que trazem de novo para o mercado brasileiro
Para começarmos essa conversa, deixe um pouco de lado o número de
cilindrada inscrito nos adesivos dessas motos. A potência delas passa de
40 cv, componentes como freios e suspensões são superiores, acabamento e
design as deixam mais interessantes, enfim, tudo é superior ao que
encontramos nas 300cc e 250cc de 1 cilindro, que agora custam em média
R$ 14 mil nas concessionárias. Pagar R$ 4 mil a mais por uma Kawasaki
Z300 vale a pena? Ou até 50% mais por uma R3 ou Duke? Sim, vale.
Yamaha R3 (confirmada para Novembro), KTM Duke (agosto) e as Kawasaki
300 assumem o papel das 400 de antigamente porque seus motores são
incomparavelmente mais eficientes, tanto é que concorrem com a Honda CB
500F nos mercados internacionais onde são vendidas, somando o benefício
de serem mais leves e fáceis de pilotar. Não podemos nos esquecer que no
fim da década de 1990 nós brasileiros ficamos sem opções de motos entre
as 250cc de 1 cilindro e as 600cc de 4 cilindros, que custavam o
triplo. Agora essa diferença não só é menor que o triplo, como há mais
opções e hoje temos entre elas as 300 com “algo mais”. A existência
dessas motos é fundamental, pois permite um upgrade seguro de
performance por um acréscimo de preço viável, além de representarem uma
opção urbana sexy preservando a necessária agilidade nas medidas mesmo
para quem poderia pagar por uma cilindrada maior.
Mas para o consumidor que já pode comprar as Kawasaki, qual é a
novidade na chegada de uma Yamaha e uma KTM? R3 e Duke custarão tanto
quanto a Ninja com ABS, mas em quase tudo entregam um pouco mais (o
preço dos dois lançamentos também foi fixado em R$ 21.990, e a R3 terá
uma versão sem ABS por R$ 19.990). O motor de 2 cilindros da R3 tem
321cc e rende mais torque, de 3 kgf.m a 9.000 rpm, com pico disponível
antes da Kawasaki (2,8 kgf.m a 10.000 rpm). Isso promete facilitar
acelerações e aquela subida de ladeira sempre sofrida quando você está
acompanhado. A potência é novamente maior, de 42 cv a 10.750 rpm,
novamente entregue antes dos 39 cv da Ninjinha (a 11.000 rpm). Menos
peso, suspensão dianteira e disco de freio de diâmetros maiores, painel
com indicador de marcha engatada e shift-light serão itens inéditos na
categoria. Outra novidade para muitas pessoas será o acesso à moto,
porque através das 450 concessionárias da Yamaha a R3 estará ao alcance
de pessoas não atendidas pelos 40 pontos de venda da Kawasaki.
Já a KTM preferiu o motor de 1 cilindro por considerar o torque como
prioridade para tornar sua naked urbana mais divertida, afinal, dentro
da cidade usa-se mais a capacidade de aceleração que a velocidade
máxima. A Duke alcança 3,57 kgf.m a 7.250 rpm, nada fantástico
considerando a cilindrada maior, não fosse a potência de 44 cv
ultrapassar a das bicilíndricas. Tudo isso com 18 kg a menos que a
Kawasaki Z300, ou seja, peso equivalente ao da compacta Yamaha Fazer
250, mas com o dobro de potência. O pacote inclui suspensões e freios
com especificações melhores até que as da R3. Além de vendê-la nas cinco
concessionárias dedicadas aos modelos de alta cilindrada, a
representante da marca no Brasil aumentará o alcance da Duke através de
pontos de venda Dafra ainda neste ano, e outras concessionárias de
bandeira dupla a serem inauguradas em 2016.
Agora você já sabe: os próximos lançamentos de Yamaha e KTM são muito
mais que 300 “caras”. Na verdade, de 300 elas só têm o nome.
Fonte: www.revistaduasrodas.com.br