Fabricante inglesa incorpora estilo de customização dos anos 1940 à família Bonneville
O conceito pode parecer inicialmente estranho para a Bonneville, que
tanto representa da tradição inglesa de motocicletas. Americanizado até.
A questão é que desde a década de 1940 a Bonneville é alvo de
customizações em oficinas e garagens que buscavam o estilo rod hot, ou
seja, a iniciativa já vinha das ruas há décadas (faça um teste com as
palavras “Triumph” e “bobber” no buscador). E como as café racer e
scrambler, apenas foi incorporada à linha como opção de fábrica para
atender à crescente demanda por modelos retrô e customizados.
Partindo da Bonneville que conhecemos, o conceito bobber adota um
desenho de corpo baixo, acabamento despojado – não descuidado –, assento
único, guidão “flat” e traseira ao estilo “hard tail”, que simula a
ausência de suspensão, já que o amortecedor está escondido. Os
para-lamas pretos são curtos e os aros mudam, maior na dianteira e menor
atrás, para calçar pneus respectivamente mais estreito (100/90-19) e
largo (150/80-16).
Aos poucos vamos descobrindo que pouco sobrou da Bonneville original,
afinal chassi e suspensões foram modificados, até o farol é outro menor,
o painel minimalista tem apenas um mostrador redondo e o tanque exibe
novos contornos. O motor de 2 cilindros e 1.200cc foi recalibrado para
entregar mais torque em baixas rotações, mantendo a assistência
eletrônica das seleções de modos de potência e controle de tração, e os
escapamentos projetados para rugir alto e grave. A traseira minimalista
tem o para-lama livre até o suporte da lanterna, mesma já usada na
família 900. Isso foi possível graças ao banco com estrutura de alumínio
suspensa, fixada à frente, que pode ter a posição ajustada numa
diagonal: alto e próximo do tanque ou recuado e baixo, a apenas 690 mm
do chão.
A Triumph Bobber, assim como a recém-apresentada Street Cup, será
vendida também no Brasil a partir do primeiro semestre de 2017.
Fonte: www.revistaduasrodas.com.br