Street de 250cc volta a ser vendida já neste mês
A Honda acaba de anunciar a saída de linha da CB 300R e sua substituição por um novo modelo de 250cc criado para o mercado brasileiro e batizado de CB Twister. A trail XRE 300 continuará em linha como modelo 2016. A decisão por uma nova 250 desenvolvida para o mercado local e não pela nacionalização da CB 300F já existente no exterior – versão sem carenagem da CBR 300R, com refrigeração líquida – foi motivada pelo controle de custos e menor exposição a componentes importados em dólar.
Já a escolha pelo nome Twister remete à 250 de sucesso do passado e descola a imagem de sua antecessora CB 300R deixando claro que não é uma atualização. O desenvolvimento partiu de uma folha em branco, tudo é realmente novo, desde o chassi tipo diamante mais leve que incorpora o motor à estrutura em vez de manter um berço tubular para sustentá-lo. No total, a Twister é 10 kg mais leve que a 300.
A preocupação com os custos e a meta de paridade com o preço da Fazer 250 determinou algumas simplificações, que, segundo o engenheiro Alfredo Guedes, também buscaram a conciliação com um bom desempenho. “O comando de válvulas simples (SOHC) para as 4 válvulas, com balancins roletados, é um exemplo”, diz. “Esta solução foi pensada para possibilitar a subida de giros do motor mais rápida devido à menor quantidade de componentes no conjunto de válvulas e acionadores”. Claro, um comando simples custa menos para ser produzido, montado e depois mantido. O câmbio retoma as 6 marchas existentes na antiga Twister, otimizando as relações para melhor aproveitamento do motor, e comparativamente está mais curto nas três primeiras marchas para ajudar na arrancada.
O novo motor produz 22,4 cv a 7.500 rpm (26,5 cv a 7.500 rpm na 300 e 20,7 cv a 8.000 rpm na Fazer). As suspensões têm na dianteira tubos de 37 mm e 130 mm de curso, já a traseira é monoamortecida e vem com uma novidade, o amortecedor recebeu mola dupla, ou seja, são duas molas de tensões diferentes para conferir mais progressividade ao conjunto em vez de uma com áreas de tensões variadas. A menor tem elos que oferecem menos resistência e trabalha nos movimentos iniciais, de menor impacto, enquanto a segunda entra em ação para impactos maiores. O amortecedor trabalha sem links e seu curso é de 108 mm.
O desenho cria identificação com a CB 500F, que por sua vez já havia determinado as linhas da CG 160 lançada há pouco. O desenho das rodas é igual ao da CG, logicamente em componentes com tala mais larga, e usam pneus radiais. O formato do tanque com a protuberância no bocal confere um formato de vulcão e as largas abas laterais do tanque ajudam a encorpar a moto. Até as alças da garupa se assemelham aos componentes da 500.
O painel digital é outra diferença rapidamente percebida, retangular
como no restante da linha da marca, só que mais alto, com indicadores
maiores para facilitar a leitura e de fundo preto com mostradores
claros, num negativo do que estamos acostumados a ver. Tem as mesmas
funções disponíveis na antecessora: velocímetro, conta-giros,
hodômetros, nível de combustível e relógio. Montado nela a posição se
mostra confortável e menos esportiva, o guidão está posicionado um pouco
mais alto do que na CB 300, as pedaleiras são recuadas na medida certa e
o banco tem cobertura de espuma com densidade firme, mas amigável.
A Twister começa a ser comercializada este mês pela Honda por R$ 13.050 na versão standard e R$ 14.550 com freios ABS.
Fonte: www.revistaduasrodas.com.br