Papel, lápis e três rabiscos formam um triângulo escaleno (aquele 
que você aprendeu na escola, que tem três ângulos diferentes). Junte a 
essa forma geométrica uma ideia mirabolante, duas rodas, materiais 
nobres e um motor V2 (dois cilindros em formato de "V") com mais de 200 
cavalos.
 Foi desta forma simplista, mas revolucionária, que 
nasceu a Confederate G2 P51 Combat Fighter. A marca norte-americana é 
conhecida por construir motos exóticas e únicas. Com visual arrebatador,
 diferente de tudo que você já viu, ela custa a partir de US$ 113.900 
com corpo em aço escovado e US$ 119.500 na versão Black. Valor que nos 
baseado do dólar atual se aproxima de R$ 500 mil. 
Em função de 
sua exclusividade, na lista de clientes estão atores como Brad Pitt e 
Tom Cruise, dois reconhecidos fãs do motociclismo, por exemplo.  
Criatividade mecânica
 O radicalismo estético da moto 
praticamente se funde com uma engenharia criativa na elaboração de 
praticamente todas as peças da moto, cujo nome nos remete a aviões de 
guerra. Isso não é por acaso: o motor da Combat Fighter é fabricado em 
alumínio aeronáutico -- além dos 200 cavalos, há brutais 23,5 kgfm de 
torque.
Só para comparar, a poderosíssima Triumph Rocket III Roadster, com motor de três cilindros, gera 148 cv e 22,6 kgfm -- propulsor considerado o maior em capacidade cúbica a equipar uma moto de produção em série.
 Para impressionar ainda mais, a Combat Fighter usa 
refrigeração mista (ar e óleo) e câmbio de cinco marchas com transmissão
 por corrente. O tanque de combustível, de forma cilíndrica, tem 
capacidade para 14,2 litros.
Design radical
 Inspirada em aviões de guerra da década de 
1960, a moto está mais leve e resistente se comparada à sua antecessora.
 Musculosa, intimidadora e minimalista, ela usa alumínio, placas 
usinadas inspiradas na fuselagem de aviões e um chassi bem rígido para 
receber o big-twin, que tem força comparável a de carros de porte grande
 vendidos no Brasil.
A moto também abusa de peças de fibra de carbono: para-lamas e os protetores do escape, motor e cabeçotes, além de toda a estrutura do assento e a capa da corrente. Também confeccionadas em liga-leve, as rodas (de cinco raios na dianteira e totalmente fechada na traseira) dão mais estilo a esta obra-de-arte.
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| Desenho final da motocicleta manteve a origem: o triângulo escaleno | 
Diferenciada
 Tudo nesta moto foge do padrão. O trem 
dianteiro, por exemplo, conta com arquitetura única, com uma grande mola
 entre os garfos, chamados de Double Wishbone. Totalmente ajustável, 
pode ser considerada uma versão futurista da suspensão 
Springer utilizada pelas Harleys mais antigas. O sistema de freio é 
fabricado pela própria Confederate e conta com pinças de fixação radial,
 porém com disco duplo (e sólido).
Na parte traseira, há um monoamortecedor instalado de forma diagonal, fixado no subquadro e também na balança, com múltiplos ajustes (multilink) na compressão e no retorno da mola. Ali, o freio é a disco simples, mas ventilado, também mordido por pinça de fixação radial, cuja peça também se prolonga até formar o suporte da placa. O modelo é calçado por pneus da Pirelli, do tamanho 120/70 ZR19, na dianteira, e 240/45 ZR17 na traseira.
 Fonte: Aldo Tizzani Da Infomoto
 










