Conceito será apresentado no Salão de Frankfurt, na Alemanha, na próxima quinta-feira (17)
Há 50 anos a Honda vencia sua primeira corrida na Fórmula 1 com o
monoposto RA272. Foi no GP do México de 1965, liderando de ponta a ponta
e tornando a então novata marca de automóveis a primeira japonesa
vitoriosa no campeonato. De volta à F1 neste ano reeditando a histórica
parceria de fornecimento de motores à McLaren, a Honda decidiu partir
desta história para encomendar a seus engenheiros a criação de um carro
conceito esportivo. Tanto hoje quanto na década de 1960 a F1 usava
motores em V de baixa litragem e elevada potência específica atingida em
altas rotações, como nas motocicletas. E lá estava, pronto, o V4 de
999cc da RC213V...
O resultado foi o Projeto Honda 2&4, conceito eleito a partir de
uma competição interna entre criações de profissionais de
desenvolvimento da fabricante. Une inspiração na F1, tecnologia das
motocicletas e a liberdade de se rodar em um monoposto aberto de apenas
405 kg. Daí o batismo como 2&4, da união de tecnologias dos setores
de duas e quatro rodas dentro da Honda.
Para uso em rua, o motor da RC213V foi ajustado e passou a entregar 215
cv a 13.000 rpm e 12 kgf.m de torque a 10.500 rpm. Nada mal para um
carro aberto que ficou com relação peso-potência 1,88, mais favorável
que a da maioria dos esportivos (pode incluir Ferrari, Porsche etc.), só
igualada pelos chamados “superesportivos” topo de linha destas
fabricantes, os mais potentes e caros do mundo. O câmbio DCT de
embreagem dupla e 6 marchas permite trocas sequenciais rápidas a até
14.000 rpm, com o banco concha a poucos centímetros do asfalto e o V4
rosnando imediatamente atrás do piloto. Na próxima quinta-feira a Honda
deve informar se pretende produzi-lo para os entusiastas de track-days, a
exemplo do que a KTM faz com o X-Bow.
Fonte: www.revistaduasrodas.com.br