Foram diversos modelos entre 50cc e 350cc, construídos para se tornarem modelos premium para a época
A fabricante japonesa de pneus Bridgestone já produziu motos anos
atrás, mais precisamente entre 1958 e 1971. Essa é uma história pouco
divulgada aqui no Brasil, mesmo com a empresa presente no país desde
1939 – a Bridgestone comprou a Firestone em 1988. O fundador da empresa,
Sr. Shojiro Ishibashi, era um dos principais fabricantes de calçados
com sola de borracha do Japão e em 1925, após a Primeira Guerra Mundial,
começou a produzir em massa alcançando o sucesso.
Anos mais tarde, pós Segunda Grande Guerra, Ishibashi já trabalhava com
uma grande gama de produtos em borracha e a crescente indústria de
motocicletas chamou sua atenção – até porque a empresa já tinha
experiência na construção de bicicletas. Ishibashi então fez uma
parceria com engenheiros da Tohatsu, que na época já construía pequenos
motores dois tempos de 50cc. A partir desta união nasceriam as
motocicletas da Bridgestone, que ganhou esse nome, pois a tradução de
Ishibashi em inglês é “Stone Bridge”.
Em parceria com Tokyo Hatsudoki, engenheiro da Tohatsu, Ishibashi
passou a produzir motocicletas com qualidade premium, com a intenção de
preencher uma lacuna do mercado na época. Não foram poupados recursos e
as motos da Bridgestone nasceram com válvulas rotativas, câmbio de seis
marchas, injeção automática de óleo, cilindros de alumínio, pintura em
três camadas, e mais detalhes que não eram comuns nas motos da Suzuki e
Yamaha até então. O problema foi o alto preço do conjunto e a
distribuição das motos.
Foram diversos modelos, de 50cc a 350cc, até que a empresa viu que
seria mais fácil (e lucrativo) abastecer as gigantes fábricas de
motocicletas que prosperavam na época do que disputar espaço com elas na
produção de motos.
Fonte: www.revistaduasrodas.com.br