Mc carcarás do ingá

Mc carcarás do ingá
itacoatiaras de ingá - PB

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Esportiva R3 é a primeira que consegue superar a Ninja

Yamaha prova que é uma concorrente à altura da potência da Ninjinha

 

Desde seu lançamento, ainda como 250, a Ninjinha foi recebida com entusiasmo por oferecer mais performance que uma monocilíndrica e a estética de uma esportiva da marca, por um preço mais acessível. Sua evolução com 300cc também foi inovadora porque somou mais potência e a embreagem deslizante, deixando para trás as concorrentes que já haviam surgido. Agora com a Yamaha na disputa, com a YZF-R3, pela primeira vez uma rival promete superar as especificações da Kawasaki.


As fotos da R3 revelam uma estética chamativa, de identificação com sua matriarca, a R1, mas pessoalmente ela impressiona ainda mais. Os detalhes são muito bem cuidados, os faróis da R3 são menores e se encaixam no final do frontal da carenagem; já os da Ninja ocupam um bom espaço logo abaixo da bolha, alargando esta parte da moto, e o mesmo acontece nas laterais, onde incorpora os piscas à carenagem – a Yamaha preferiu sinaleiros tradicionais com hastes. A parte traseira da R3 também é mais esguia que a da Ninja, sua rabeta é mais discreta e afilada (levar passageiro não é prioridade nas duas, saiba disso), a ponteira menor ajuda na imagem compacta. De qualquer forma, ambas são belas e chamativas.

As duas têm painéis bacanas e bem completos, a Yamaha optou por deixar o conta-giros analógico redondo deslocado à esquerda e num display de LCD do outro lado colocar todas as outras informações. A Kawa deixou o grande conta-giros (também analógico) centralizado em destaque com o mostrador de cristal líquido deslocado à direita para exibir as demais informações. Só na R3 você vê a marcha engatada, tem shift-light para indicar o momento ideal para troca e há escala de temperatura do líquido de arrefecimento do motor.

A posição de pilotagem das duas também é semelhante, com corpo inclinado à frente sem exagero, de clara proposta urbana, mas o banco da Yamaha oferece um pouco mais de conforto, a espuma ganha em maciez, assim como as suspensões. Logo que montei na R3 percebi que as bengalas afundam com mais facilidade do que na Ninja, isso colocou em dúvida a capacidade de andar forte na pista com ela, imaginei que sacudiria, principalmente em curvas de alta. A Kawa já havia mostrado que é boa de curva e que suas suspensões mais firmes, mesmo transmitindo um pouco mais da energia de seus movimentos para o corpo do piloto (o que não chega a incomodar), se comporta bem em qualquer tipo de curva. Engano meu, a Yamaha tem ótima capacidade para contornar curvas sem titubeios, nem movimentos estranhos. O garfo possui 41 mm de diâmetro, ante 37 mm da Kawasaki, o que também reduz torções na frente e se traduz em estabilidade. A moto é um pouco mais leve e fácil de direcionar não só por causa dos 4 kg a menos, mas principalmente por conta do entreeixos 2,5 cm menor e do ângulo de 25° da frente, contra- 27° da Ninja.




 
 


Quanto andam? 

A configuração de motores também se assemelham, são 2 cilindros paralelos, 8 válvulas e refrigeração líquida. O da Yamaha tem 25cc a mais (321cc contra 296cc), rende 42 cv a 10.750 rpm com torque de 3 kgf.m a 9.000 rpm, enquanto a Kawasaki rende 39 cv a 11.000 rpm e 2,8 kgf.m a 10.000 rpm. Apesar dos números próximos, torcendo o cabo do acelerador aparecem as diferenças. São motores do tipo que precisam de rotações para funcionar melhor, sendo que na R3 as respostas são mais rápidas e lineares, reduzindo a sensação de que o motor só “acorda” de médios para altos giros.

Fizemos largadas com as duas e a Yamaha pula na frente e vai abrindo, mas à medida que giros e velocidade sobem a distância congela e fica em aproximadamente três motos. Pode ser pouco, é verdade, mas pode te deixar para trás naquele “pega” com o colega. Nos 600 metros de reta plana para aceleração na pista de testes (mais outras dezenas de metros reservados para frenagem) a velocidade alcançada pela R3 foi 150 km/h, contra 146 km/h da Ninja. Em testes anteriores com a Kawasaki alcançamos 174 km/h reais sem limitação de pista, fazendo supor que os 3 cv extra da R3 podem deixá-la um pouco mais perto de 180 km/h. 

Na hora de segurar o ímpeto das duas a medida dos discos dianteiros varia, na Ninja tem 290 mm e na R3 298 mm, ambos com pinças de dois pistões e ABS opcional, enquanto a pinça traseira da Kawasaki é a única também com dois pistões. As configurações relativamente aproximadas não corresponderam a frenagens equivalentes: a 100 km/h a R3 precisou do que seria o comprimento de cinco motos enfileiradas a menos até a parada, distância considerável.

Pois é, a Yamaha caprichou na R3 para superar a Kawasaki, que lançou e consolidou a categoria no Brasil. Os preços equivalentes com configuração e performance superiores não deixam dúvida da vitória da R3, que custa a partir de R$ 21.390, enquanto a Ninjinha só está disponível no modelo 2015 por R$ 18.990, que será reajustado assim que as concessionárias receberem o modelo 2016. A julgar pelo reajuste da Z300 2016, que agora custa o mesmo que a MT-03, se houver diferença entre os preços de R3 e Ninja 2016, será insignificante.



Fonte: www.revistaduasrodas.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário