Novidade ganhou mais potência e diminui consumo, segundo testes. Preço ficou cerca de 5% maior ante a substituída NC 700X.
A Honda apresentou nesta quinta-feira (29) a nova NC 750X, que substitui
a antiga NC 700X. De acordo com a empresa, o modelo começa a ser
vendido nas lojas da empresa pelo país por R$ 28.990 (standard) e R$
31.100 (ABS), ficando cerca de 5% mais cara.
A expectativa de vendas é de cerca de 2 mil unidades em ano, com 20% das
unidades sem ABS e o restante , 80%, com ABS, ambas com as cores preto e
branca disponíveis.
Em relação ao modelo anterior, a principal alteração está no motor, que
ganhou mais cilindrada. O bicilíndrico passou de 670 cc de cilindrada,
para 745 cc, ou seja, 75 cc. Segundo a fabricante, o foco das mudanças
foi melhorar o consumo e performance.
"O torque ficou 8% maior e a potência 4% mais alta", disse Alfredo
Guedes, diretor de assuntos institucionais da marca. A NC 750X alcança
54,8 cavalos de potência e 6,94 kgf de torque. "O limite de giros também
foi aumentado, chegando próximo aos 7.000 rpm", explica Alfredo Guedes.
Consumo menor
Para mostrar as diferenças do novo modelo, a moto foi cedida ao
Instituto Mauá, que realizou testes. Os resultados mostram um consumo
urbano de 30,52 km/l, enquanto a NC 700X faz 27,3 km/l.
Na estrada, o gasto é praticamente o mesmo: 26,85 km/l, para 750, e
26,61 km/l, para a 700. A velocidade máxima subiu de 167,61 km/h para
174,7 km/h.
Painel alterado
Outra mudança ocorreu no painel, que ganhou indicador de marcha e novas
funções , como consumo instantâneo e médio. O modelo segue com porta
objetos, de 21 litros, no local onde fica normalmente o tanque. É
possível levar um capacete integral ali.
Para obter este espaços, o tanque de combustível foi deslocado para
baixo do assento. Por falar no banco, este teve textura alterada, para
oferecer melhor aderência. Os pneus agora são iguais da CB 500X, com banda mais inclinada para facilitar as mudanças de direção.
Esportiva recebeu atualização no visual e em componentes estruturais e eletrônicos; preços começam em R$ 75.900
A BMW anunciou nesta segunda-feira (26) o lançamento da nova S 1000 RR
no Brasil. Apresentada em outubro na Alemanha, a esportiva estará nas
lojas do país a partir de fevereiro por R$ 75.900 (nas cores vermelha e
preta) e R$ 78.400 (tricolor), ou seja, 4,3% e 4,2% respectivamente mais
caras em comparação com as versões anteriores.
O modelo passou por uma reformulação completa, desde atualização no
visual para dar um ar de modernidade, passando por melhorias técnicas,
principalmente no motor e no chassi. O motor ficou cerca de 6 cv mais
potente e atinge agora 199 cv de potência. O torque é de 11,5 kgf.m. O
mapa de entrega de potência foi reorganizado, oferecendo mais força a
partir de aproximadamente 5.000 rpm. A curva de torque ficou mais
linear, segundo a BMW, com pico disponível entre 9.500 e 12.000 rpm.
O chassi recebeu ajustes na geometria, que modificou os números como
distância entre-eixos e ângulo de esterço, por exemplo. A nova S 1000 RR
sai de fábrica com ABS regulável, controle de estabilidade (ASC) e
controle de tração (DTC).
A moto é conduzida pelo posicionamento do nosso corpo. Manter um
posicionamento correto, além de aumentar sua segurança e a eficiência
nas mudanças de direção, torna a pilotagem mais confortável. Os pés
devem ficar em linha reta e paralelos, com as pontas sobre as
pedaleiras. Desloque-os para frente quando for necessário acionar o
câmbio ou freio traseiro e retorne à posição original. Nunca pilote com
as pontas dos pés abaixo da linha das pedaleiras, porque ficam expostas a
obstáculos. Pressione os joelhos contra o tanque e mantenha a coluna
ereta para evitar dores nas costas. Os braços devem estar relaxados e os
cotovelos, próximos ao corpo.
Garupa
Quando der carona, pilote com mais suavidade para deixar o passageiro
confortável. Explique que ele deve acompanhar a inclinação para o lado
da curva e sempre segurar nas alças ou cintura do piloto.
Bagagem
Se precisar transportar objetos prefira baús ou mochilas. Caso não seja
possível, evite exagerar no tamanho e no peso porque prejudicam a
dirigibilidade. Uma fixação mal feita pode se soltar, enroscar na moto
ou mesmo distraí-lo, causando uma queda.
Faixa
A moto não seria uma solução para o trânsito se perdesse a capacidade
de evitar congestionamentos. Mas é preciso cuidado para trafegar entre
os outros veículos, que têm pontos cegos e motoristas nem sempre
atentos. Trafegue no meio da faixa de rolagem e recorra a ultrapassagens
entre os carros apenas quando se formarem congestionamentos. Ainda
assim, o faça em baixa velocidade e sinalize sua passagem com o farol
sempre aceso e a buzina.
Cruzamentos e conversões
São as situações de maior risco para o motociclista. Sempre reduza a
velocidade e olhe para os dois lados, mesmo que tenha a preferência na
passagem, já que você está mais vulnerável que os motoristas. Ir devagar
também ajuda a desviar e evitar imprevistos como pedestres desatentos,
motoristas que não respeitem o sinal vermelho e problemas na pista
(sujeira, buracos e ondulações).
Pilotagem defensiva
O grande segredo da pilotagem defensiva é ser visto. A moto é menor e
muda de direção mais rápido que o carro, por isso nem sempre o motorista
está nos vendo. Manter o farol (e não a lanterna) aceso de dia ou de
noite é a primeira e mais importante precaução que podemos tomar. Outro
cuidado é jamais ultrapassar pela direita: se muitos motoristas já se
esquecem de usar o espelho retrovisor esquerdo, imagine a probabilidade
de nos notarem pela direita... Acione a buzina com um leve toque se
achar necessário e veja se ele te olha pelo espelho retrovisor antes de
ultrapassar. Afaste-se de motoristas ao celular ou que estejam olhando
para telas dentro do carro, como a de GPS.
Frenagem
Em piso seco e pavimento como asfalto e concreto, use o freio dianteiro
sem medo. Aplique primeiro o de trás e logo em seguida o da frente, o
que evita o mergulho da dianteira da moto. O freio dianteiro é mais
forte e essencial para reduzir a distância até a parada. Acostume-se a
usar dois dedos para acionar a alavanca (indicador e médio), o que evita
o risco de, com um susto, se apertar a alavanca com todos os dedos e
força excessiva, causando o travamento da roda. É recomendável aplicar
70% da força nele e os outros 30% no traseiro. Em piso de chão, reduza a
carga na dianteira e transfira para a traseira, evitando assim o
travamento da roda de direção por falta de aderência do pneu com o solo.
É importante lembrar que a aderência é reduzida nas curvas. Para esse
tipo de frenagem prefira colocar a motocicleta em pé o mais rápido
possível e então execute a frenagem de emergência. Evite esse tipo de
situação sempre reduzindo a velocidade antes da curva e só acelerando
novamente quando é possível ver o que há depois.
Aderência
As vias brasileiras têm algumas armadilhas que vão além dos buracos e
ondulações. Muitas vezes, mesmo que pareçam bem conservadas, podem
esconder riscos para o motociclista. A chamada sinalização horizontal,
pintada ou instalada no asfalto, costuma ser uma área de baixa aderência
especialmente perigosa quando molhada ou suja. Evite frear sobre as
faixas de delimitação de pistas, lombadas pintadas e tachões.Quando a
pista está úmida, evite passar sobre áreas pintadas inclusive nas curvas
e mudanças de direção.
Lembre-se que pneu novo sempre vem com uma camada de cera, que é usada
na fabricação para que a borracha se solte da fôrma. Quando comprar uma
moto nova ou trocar de pneu lembre-se que a aderência estará reduzida
nos primeiros quilômetros.
Obras
Perto de obras reduza a velocidade porque muitas vezes estão mal
sinalizadas, o piso sujo e há chapas metálicas cobrindo buracos, que
também ficam escorregadias quando molhadas. Outro problema frequente são
as pistas que passam por mudanças provisórias de traçado, fazendo com
que novas faixas sejam pintadas e as antigas cobertas por tinta preta.
Nesse caso é preciso ainda mais atenção com piso molhado, porque há
trechos pintados difíceis de serem diferenciados do resto do asfalto.
Aficionado por alto desempenho, empresário Fábio Pagnozzi montou em
parceria com a oficina Motors Company uma V-Rod de alto desempenho
O empresário paulistano Fábio Pagnozzi, de 32 anos, é apaixonado por
velocidade. Adepto das corridas de arrancada, sempre privilegiou o ideal
de máximo desempenho. Foi com esse pensamento que resolveu transformar
uma Harley-Davidson V-Rod ano 2011 convencional em um modelo de visual
agressivo e alta performance.
O primeiro passo nesse sentido foi instalar um kit turbo na
motocicleta, mas a potência “limitada” de 245 cv não o deixou plenamente
satisfeito. Pagnozzi queria mais. Assim, confiou o trabalho ao
especialista Marcelo Peixoto, da oficina Motors Company, com quem montou
a motocicleta por inteiro a quatro mãos. “Fizemos um upgrade. Tiramos o
kit americano inteiro e fizemos um kit nacional, comprando peças em
diferentes lugares. A turbina, por exemplo, foi feita sob encomenda para
essa especificação do motor”, conta Peixoto.
O painel de instrumentos faz parte do sistema de injeção, que foi
inteiramente modificado. Registra toda a telemetria, velocidade por GPS,
além dos relógios adicionais de marcador de combustível e pressão do
turbo. Para aguentar a força da turbina, foram instalados pistões
forjados e bielas de titânio. O bloco também foi reforçado e o cabeçote
retrabalhado, com o comando de válvulas reenquadrado. A bobina de
ignição é de carro.
Todo o kit da motocicleta é feito em fibra de carbono, inclusive um
molde sobre as rodas originais. A tradicional correia foi substituída
por corrente especial para dragster. O sistema de freio é um kit
americano, com disco especial de alumínio aeronáutico com pastilhas
especiais. O sistema ABS continua original e os pneus seguem as medidas
de fábrica. O escapamento é inteiro de aço inox.
Mais de um ano se passou do início dos trabalhos até a conclusão. Com
todas as modificações, o modelo bateu quase 350 cv de potência. “No
final, o resultado foi excepcional, está tudo funcionando
perfeitamente”, comemora o preparador. Além dos passeios programados por
Pagnozzi, a V-Rod turbo servirá de garota-propaganda de uma grife de
roupas.
Customizadores poloneses levaram 250 horas para
aplicar as tatuagens.
Base do modelo é uma Harley-Davidson Softail.
Tatuagens são um dos maiores
estereótipos dos motociclistas, além da barba grande e jaqueta de couro. Para
levar isso ao extremo, os poloneses da Game Over Cycles (GOC) criaram o que
chamam de a “1ª moto tatuada do mundo”.
Cobrindo quase a moto toda com couro de vaca, de modo a lembrar pele humana,
tatuagens de verdade foram feitas na moto customizada, uma Harley-Davidson
Softail.
“A ideia
de criar uma moto coberta com tatuagens reais surgiu há 10 anos. Eu tenho
tatuagens e amo motocicletas, considero ambas uma maneira de expressar meus
sentimentos e personalidade”, explica Stanislaw Myszkowski, fundador da GOC,
oficina especializada em customização.
Stanislaw Myszkowski
Chamada
de “The Recidivist”, que significa criminoso reincidente, em tradução para o
português, a moto levou 5 meses para ficar pronta, com 5 pessoas participando
da produção.
Para as tattoos, foram 250 horas desenvolvendo os desenhos e mais 250 horas
para efetivamente tatuar no modelo.
O
trabalho foi realizado em conjunto com a fabricantes de equipamentos para a
realização de tatuagens Cheyenne, da Alemanha. Para a execução, foram
escolhidos Tomasz Lech, do estúdio Individuum, e Krystof Królak, da Steel Will
Tattoo Factory, ambos artistas poloneses.
Questionado
sobre o valor gasto na moto, a Myszkowski responde: “quando se faz uma moto
única como essa dinheiro não tem o papel mais importante”. No entanto, a empresa
garante que, caso venda a moto, será por um valor alto.
Moto é uma Harley
Como ocorre com a maioria das customizações, a base utilizada é de uma
Harley-Davidson, assim, seu motor é um Twin Cam 96. De acordo com a GOC, apenas
o motor e parte do chassi foi mantido como original.
A moto foi inspirada em soluções utilizadas em motocicletas no pós-guerra.
Detalhes como a alavanca de partida, em formato de detonador de bomba, e pinças
de freio que lembram algemas mostram o caráter agressivo da moto.
O câmbio é do tipo suicida, aquele no qual é necessário tirar uma das mãos do
guidão para mexer na alavanca. Diversos itens foram feitos artesanalmente pela
oficina, como o assento, tanque, tampa do motor de cobre e a suspensão
dianteira.
“Esse projeto é muito especial, nada parecido foi feito antes”, garante a
Myszkowski.