A marca japonesa surpreendeu ao expor no Salão Duas Rodas novidades recém-apresentadas mundialmente, semanas atrás no Tokyo Motor Show. A Ninja 400 substituirá a 300 com a mesma configuração de 2 cilindros paralelos, mas produzindo 45 cv a 10.000 rpm e 3,9 kgf.m a 8.000 rpm (contra 39 cv a 11.000 rpm e 2,8 kgf.m a 10.000 rpm); já a Z900RS deriva da base existente da naked esportiva, mas com roupagem retrô inspirada pelo icônico modelo Z1 900 de 1972.
Os dois modelos ainda não estão à venda no exterior, onde é comum serem exibidas novas motos nos salões internacionais de fim de ano com previsão de vendas para o segundo trimestre do ano seguinte. Por isso a Kawasaki do Brasil avisa que, apesar de Ninja 400 e Z900RS estarem o estande, o prazo para lançamento no país ficaria próximo da virada de 2018 para 2019, certamente já como modelos da linha 2019.
Mais sobre a Ninja 400
Seguindo a tendência adotada nas últimas renovações da marca, o novo motor busca mais torque em baixas rotações e curvas progressivas em vez de priorizar o pico de potência como antes. Comparado ao propulsor da 300, foram aumentados diâmetro e curso dos pistões e o volume de admissão na câmara de combustão. Pistões e comando de válvulas são mais leves e a taxa de compressão foi elevada de 10,6:1 para 11,5:1. A transmissão manteve a embreagem assistida e deslizante.
Outra grande evolução foi a troca do chassi por um de treliça de aço 8 kg mais leve. O conjunto passa a atuar com garfo de suspensão de 41 mm em vez de 37 mm e ângulo de direção consideravelmente reduzido, de 27° para 24,7°, o que melhora a agilidade nas mudanças de direção e acentua o caráter esportivo da moto. Na traseira o amortecedor a gás tem regulagem de pré-carga da mola. O sistema de freio foi aprimorado com disco de 310 mm no lugar de 290 mm, mantendo-se a pinça de dois pistões e o sistema traseiro com disco de 220 mm.
A nova carenagem é mais larga para aumentar a proteção aerodinâmica, com faróis de LED, e a traseira tem lanterna semelhante à de Ninja ZX-10 e Z1000. No cockpit há um novo painel herdado da Ninja 650, com conta-giros analógico e um display digital à direita, passando a incluir o indicador de marcha. O tanque teve a capacidade diminuída de 17 para 14 litros auxiliando a redução de peso em ordem de marcha e o desenho do assento 30 mm mais estreito na junção, o que facilita o acesso dos pés ao chão. As pedaleiras posicionadas ligeiramente à frente aumentam o conforto.
Mais sobre a Z900RS
A RS cumprirá o papel de inserir a Kawasaki no mercado retrô que já conta com Yamaha XSR 900, BMW R nineT, Ducati Scrambler, Triumph Bonneville e Honda CB 1100. O comportamento do motor de 948cc da naked esportiva Z900 foi reajustado com foco em melhorar o rendimento em baixas e médias rotações, passando a entregar até 111 cv a 8.500 rpm e 10 kgf.m a 6.500 rpm (na naked entrega o mesmo torque máximo a 7.700 rpm e alcança 125 cv a 9.500 rpm), além de atuar com um controle de tração não disponível na Z900. Na transmissão de 6 marchas foi mantido o sistema assistido e deslizante, mas a 1ª foi encurtada para facilitar a saída e a 6ª alongada para aumentar o conforto em velocidade de cruzeiro; adicionalmente a relação final também foi alongada.
Fonte: www.revistaduasrodas.com.br