Medida ocorre para adaptar produção à demanda de mercado no AM.
Fábrica diz que setor de duas rodas enfrenta forte retração há 4 anos.
Linhas de produção da Moto Honda (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM) |
O Programa de Demissão Voluntária (PDV), implantado na Moto Honda da Amazônia, situada no Polo Industrial de Manaus
(PIM), teve a adesão de mais 500 funcionários, segundo levantamento
divulgado pela empresa nesta segunda-feira (4). A meta era atingir 300
colaboradores.
De acordo com a Honda, a medida foi tomada com objetivo de adaptar a
produção à demanda de mercado. A fábrica diz que o setor de duas rodas
"tem enfrentado forte retração nos últimos 4 anos".
"Foram elegíveis ao PDV os empregados da Moto Honda, HTA Indústria e
Comércio e Honda Componentes, exceto os que possuíam contrato por tempo
determinado, os que estavam afastados, os com estabilidade legal e
menores aprendizes", informou ao G1.
Anunciado em fevereiro deste ano, o PDV foi encerrado em março, e as
datas para o desligamento dos funcionários que aderiram ao programa
foram negociadas individualmente. A montadora não informou se pretende
adotar o Programa de Proteção ao Emprego (PPE).
Empresa é detentora de 80% do mercado do país (Foto: Divulgação/Moto Honda) |
A marca é a maior fabricante de motocicletas no Brasil, detentora de
80% do mercado. Entre os principais modelos produzidos estão como CG
160, BIZ, CG 125, CB 500, Pop 110i, XRE 300 e NXR 160.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal),
Valdemir Souza Santana, disse que a situação é reflexo da crise no
setor. Segundo ele, cerca de 1.500 funcionários foram desligados da
empresa desde 2009.
"Foi acordado juntamente com o sindicato para quem quisesse sair, com
algumas condições melhores do que a rescisão de contrato. Qualquer tipo
de demissão é ruim, mas como foi sugerido pelo próprio trabalhador fica
menos traumático", observou.
Fonte: g1.globo.com