Além do modelo de entrada, marca norte-americana anuncia Chief Classic (R$ 79.990) e Chief Vintage (R$ 89.990)
Dois mil e treze foi um ano especial para a história da motocicleta.
Depois de uma série de tentativas frustradas, a marca de motos mais
antiga dos Estados Unidos foi revivida com o lançamento da Indian Chief.
A história da americana Indian é longa, começou em 1901 antes mesmo da
Harley-Davidson, mas até agora esteve distante do Brasil. Enquanto a
Harley crescia e alcançava novos mercados, a Indian fechava as portas na
década de 1950. Agora renascida pelas mãos da também americana Polaris,
a marca inicia a montagem em Manaus (AM) e começa a ser vendida no país
neste mês em São Paulo (SP) e a partir de novembro em Belo Horizonte
(MG), Rio de Janeiro (RJ) e Florianópolis (SC).
A linha inicia com as Indian Chief Classic (R$ 79.990) e sua versão
Vintage (R$ 89.990), além da jovial Scout (R$49.990), todas começam a
ser comercializadas a partir de novembro e a previsão de venda é de 800
unidades no primeiro ano - sendo metade somente pra Scout. No começo de
2016 as touring se juntarão a elas na linha de montagem brasileira,
completando a família com a Chieftain e a Roadmaster, ainda sem preço
definido. Chief e Scout são modelos criados no início da década de 1920
com propostas diferentes, a primeira mais confortável e luxuosa com seus
adereços estéticos e a segunda mais ágil e orientada para performance
(a escolhida para corridas, provas de subida de montanha e exibições na
parede da morte).
Assim elas renasceram neste século 21, unindo a tradição e suas origens
estéticas a um pacote de tecnologia atual: a Chief é uma estradeira
confortável que prioriza o torque em baixas rotações com seu V2 de
1.811cc; a Scout é mais leve, tem dimensões menores, elementos de design
contemporâneos como os vincos e o radiador para a refrigeração líquida
de seu motor V2 de 1.133cc, que dá mais atenção à potência. Todas com
chassi de alumínio e freios ABS de série – cruise control ou “piloto
automático” está em toda a linha Chief.
Os para-lamas envolventes da nova Chief possuem as características
capas laterais que escondem parte das rodas e a cabeça de índio
esculpida na dianteira, ambos itens criados pela marca na década de
1940. Pneus com faixas brancas, faróis auxiliares e pedaleiras do tipo
plataforma também são itens de série.
Além da Chief Classic foram criadas outras duas versões, a Chief
Vintage, a Chieftain e a Roadmaster. A Vintage difere apenas pela
presença de para-brisa, assentos de couro caramelo e malas laterais com
franjas; a Chieftain recebe malas rígidas com travamento remoto e
carenagem frontal que abriga um painel digital com recursos adicionais –
monitoramento de pressão dos pneus, percentual utilizado da vida útil
do óleo do motor, sistema de som AM/FM Bluetooth com conexão para
celular e para-brisa elétrico –; e a Roadmaster inclui mala superior com
encosto para garupa e bagageiro, plataformas traseiras, aquecimento de
bancos e manoplas, para-brisa alto e sistema de som com o dobro de
potência.
Usinas de força
O motor V2 de 1.811cc é completamente novo e foi criado pela Polaris
exclusivamente para equipar a linha Chief. A estética do novo propulsor,
batizado de Thunder Stroke 111 (polegadas cúbicas, medida de capacidade
volumétrica mais usual nos Estados Unidos) recebeu atenção especial:
preocupados em manter a identidade da marca, os engenheiros aplicaram
acabamento inteiramente cromado e formas que remetem às dos motores
usados nos modelos antigos, com aletas de refrigeração compondo um
contorno arredondado, também aplicado às tampas de cabeçote. O Thunder
Stroke produz torque de 16,5 kgf.m a 3.000 rpm, rendimento obtido pela
Harley-Davidson apenas no motor das topo de linha CVO (16 kgf.m a 3.750
rpm).
Com a Scout a história é outra, o projeto do motor está mais próximo do
usado pela Harley-Davidson V-Rod, com refrigeração líquida, capacidade
para alcançar altos regimes e 100 cv. É preto com contornos polidos e
tampas cromadas, uma aparência moderna e singular que se junta à
identidade criada pelas traves retas do chassi de alumínio e o banco de
couro caramelo. A lista de acessórios de fábrica é extensa, assim como
faz a Harley-Davidson, e as concessionárias também contarão com uma
coleção de roupas e equipamentos de segurança Indian.
Fonte: www.revistaduasrodas.com.br